segunda-feira, 31 de março de 2008

Da Escola e outras coisas, sobretudo

(Caldas da Rainha, Algures)


Mas às vezes não é. E ontem foi desses dias. Como há muito não se via, ou se ouvia, melhor dizendo.
(E não estou a falar de telemóveis: mas, já agora, vale a pena ler isto)~
(Por exclusão, quase profissional, a celebração é-me limitada. Tenho de me agarrar a alguns "acessórios", como seja a palavra dos ministros. Normalmente uma desilusão e, às vezes, uma inquietação.)
O ser em questão foi meu "discípulo" (ainda numa fase muito embrionária da sua fé, e nem sequer sei se ele se disso se recorda ou se teve qualquer significado e impacto) e não só me surpreendeu pela novidade mas, sobretudo, pelo conteúdo. Tenho horas e horas de pregações da indiferença. Agora, esta do sermos ingratos, mexeu.
Da gratidão divina na ingratidão humana. Voltando ao mistério da salvação do post ante anterior, juntemos-lhe este sub-título se de Tratado se tratasse: Mistério da Salvação, da gratidão divina na ingratidão humana. Grande Tomé ( Jo 20,19-31) que nos permite perceber ainda melhor porque patinamos de vez em quando...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Havia 10...

(Algures em Setúbal)


a questão não é tão reduzida como um grafitodalx a pode caracterizar. mas este blogue é isso mesmo: um album de ideias, como se de grafitos se tratassem... surgem-me, assim, enquanto penso, conduzo, ouço rádio, vejo uma paisagem, tomo um café ou, enquanto não faço nada que possa ter esse nome de fazer...

E por "falar" em não fazer: cada vez desejo mais escrever e repetir que me estranha esta igreja que vai fazendo muitos "manifestos" mas que vai esquecendo o essencial (quer regular a vida de todos, mesmo quando a maior parte já não consegue estar lá...): e aqui o esencial era ser capaz de fazer passar a mensagem (incarnar) em que o divórcio não teria lugar, nem seria hipótese...
Sem leis nem excepções, no coração e vontade das gentes.
Penso que seria a maior das atitudes evangélicas (ad intra e ad extra). Assim é querer dirigir por decreto... perde a gente, os sentimentos, as conviccões e a fé: resta a religiosiadde difusa que por sua vez desemboca nisto!!!
(e de tanto desembocar, a enxurrada prevê-se grande; como já é hábito, uma questão de tempo; e o tempo, aqui, parece que se tem tornado no maior de todos os aliados de determinadas políticas; já não é o ir a bem ou a mal, é ir mais tarde ou mais cedo, e assim tudo vai!!!)
Valha-nos...

terça-feira, 25 de março de 2008

Fato da Primeira Comunhão

(Caldas da Rainha, é um achado esta cidade)


Para quem não sabe, no Rádio Clube, vinte personalidades influentes do Porto estão a ser entrevistadas por vinte jornalistas da Invicta. De Segunda a Sexta, entre as 16h e as 17h. Hoje foi a vez de Jorge Nuno (de Lima) Pinto da Costa ser entrevistado por Carlos Magno. Tenho de dizer que esperava mais, sobretudo do entrevistador. De facto o futebol tolda-nos o olhar, para não dizer que, quase, nos escraviza.
Mas a tirada da tarde foi conseguida com a veemência com que o Presidente reiterou a sua fé cristã (pelo menos duas vezes de modo fogoso).
E que mais posso fazer senão sentir-me irmão com ele?
-Tenho é de lhe fazer um pequeno esclarecimento: um crente assim tão convicto não invoca o mal para quem (diz) o persegue (qualquer coisa como: nunca mais descanse em paz...). Aliás, em tempo de Páscoa, isso nos distigue, ou devia, de tantas outras confissões. Ou então, não percebemos nada do Mistério da Salvação que dizemos aclamar em cada celebração... E, ao não perceber, ou percebendo bem demais outras coisas, tormamo-nos mestres da manipulação (com ou sem notas).
Mas deixemos lá isso. Dá sempre jeito, em alguns dias, vestir o fato da primeira comunhão. Sobretudo quando se quer apagar da fotografia outras "igrejas" visitadas (aí, imagino, sem essa identidade cristã tão assumida...): talvez com o intuito de salvar alguma alternadeira...
Enfim, não faço ideia se o homem é culpado ou não, se a justiça funciona ou não, se ele esqueceu a educação que teve ou não. Se há sinceridade ou jogo.
Mas hoje pareceu-me falso; -estará a perder qualidades?

quarta-feira, 19 de março de 2008

Sê-lo...

(Caldas da Rainha)

"Ser pai é perder o poder do tempo e do espaço para escrever uma História Eterna."
(Assinei por baixo, sem a mais pálida hesitação.)
Entre uma frase e outra (e muitos outros "sentires") aqui fica um pequeno apontamento deste dia "do" Pai. É um enorme prazer sê-lo e, outro igualmente maior, aprender a sê-lo!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Serei?

(Algures nas caldas da Rainha)
Com tanta manifestação, celebração e "televisão", não sou capaz de ler o grafito sem, antes, mudar a pessoa verbal: SEREI!?

quinta-feira, 13 de março de 2008

Deixa lá Rita...


(Algures nas Caldas da Rainha)
e chamem-me o que quiserem mas, enquanto não escrevo um livro, vou sendo páginas e páginas que vejo desenhadas/escondidas por aí...
Acredito que não estou sozinho!

terça-feira, 11 de março de 2008

heroi(cidades)

(Baixa de Lisboa, algures numa rua...)



Este fim de semana apareceram-me* cá em casa com o grafito em questão, não sabendo que eu já o tinha guardado para outros dias. Mas gostei do gesto, do interesse, da cumplicidade recordada e, sobretudo, do dia! Como este, por exemplo: acabadinho de ouvir na rádio que a Ciência em Portugal precisa de heróis (logo concordei, não cientificamente, mas como opostamente costumam dizer... mais do que de mártires...). Mas não destes, de outra estirpe, de preferência, sem acomodações e/ou aburguesamentos!!!
Talvez por isso, já cá faltava, tanto goste/admire o personagem em retrato no grafito. Sem meias medidas, é um poço de "intuição/ões" e "atitude" de entrega, não sei se às pessoas, também, sobretudo, aos anti-esquemas, aos contra-sistemas, ao seu próprio ego mas, reconheçamos, na fidelidade ao (seu) melhor!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Eu-feminista!!!!!

(Travessa do Cais, Caldas da Rainha)


Já houve tempo, no circuito de amigos mais restrito, não muito que era grande, que era conhecido o meu "machismo". Sempre me dei bem com a coisa. Aliás, era para mim um ponto de honra. E ainda é. Apesar das "adaptações" eu-feministas que a minha cara metade me obrigou e obriga. Tem de ser. Mas tem valido e vale a pena.


As coisas que tenho aprendido são muitas, exactamente na mesma proporção da minha convicção machista. Isto para dizer que me encontro diante dum empate técnico: sim, sempre tive mau perder, aliás só gosto mesmo de ganhar (perder, nem a feijões)!!!



Vem isto a propósito do artigo em questão. Antecipou o meu desejo e a minha vontade de mostrar ao mundo mais este grafito... -estava, de facto, in mente, reservado para o dia 8 de Março.


Não que eu tenha especial predilecção pelos dias que celebram alguma coisa (simplesmente porque me parece que o que se faz nesses dias, ou se deseja, e no próximo não deve ser diferente, não anda muito longe do que a imagem representa...), normalmente as minorias, como a maior parte dos dias celebram. E há tanto tempo que as mulheres são a maioria nos sítios que realmente importam... (e nem por piada, falo de cozinhas ou casas de banho); -falemos do coração, da educação, da ponderação, da capaciadade de adaptação, da resistência, da criatividade...


Como sou daqueles que do mundo feminino conhece pouco, conhecendo o suficiente, parece-me que, por vezes estas lutas, pretendem uma igualdade que, a existir, passa a ser desigualdade pois não reconhece as diferenças. E se há coisa que admiro é essa distinção biológico-social que cada vez me dá mais trabalho. Sem ganhar ou perder poder. Partilhando.


Para ajudar

eu (do grego, bem, bom);

femina (do latim, fêmea).

terça-feira, 4 de março de 2008

... e água benta!? (N1A!?)

(Rua do Cruxifixo, Lisboa)
cada um toma a que quer. Mas, diga-se, esta não lava tudo. Melhor, lava o que lava outra água qualquer. E, em mim, não é excepção à regra. Talvez por isso, cada um de nós, mais do que a sua circunstância presente, é também o que foram as suas circunstâncias passadas.
Não nos abandonam. E, em alguns casos, ainda bem. Essencialmente, porque aí estavam já, ou estiveram, se quiserem, as traves que inspiraram essas e outras acções. Também as do presente.

Falo. Parece que escondido. Mas não. Falo da capacidade de adaptação a qualquer situação. De facto, gosto mesmo de mim.
Assim. Ontem e Hoje.
E, tenho quase a certeza/convicção, Amanhã. Porque sei e quero saber, a cada momento, que as novidades que trazemos à vida mais não são que os obstáculos que desejamos ultrapassar para subir, sempre, mais uns degraus.
Em direcção. Continuo a acreditar e a proclamar.
A Ele.
Não há reunião, mais ou menos santa, que mo proíba de celebrar. Ainda bem.
Grande Quaresma. Grande Paixão. Grande Páscoa...
Ele Há coisas fantásticas.
N1A!?
E Pessoas também!

Presunção...

(Algures, Caldas da Rainha,
melhor, Rua do Montepio Dona Leonor)



Às vezes pergunto-me se a imagem que eu tenho de mim próprio corresponde, ainda que minimamente, à imagem que os outros teimam, também, em ter de mim...