(Torres Vedras, algures)
Uma das preocupações que me acompanhou, e acompanha, ao longo dos tempos foi a de tentar encontrar receitas para os problemas/oportunidades com que a vida me e nos vai brindando a todos.
Devo confessar que durante alguns anos fugi dessa, primeira, atitude. Devo ao
Movimento dos Focolares essa dimensão (bem) integrada numa determinada espiritualidade.
Contudo, em palcos de decisão e orientação, além da Providência temos de contar Connosco próprios. Vai daí, há que, efectivamente, estudar cenários, e sobretudo, planos de acção.
Tem isto a ver, ou não, na minha congeminação com esta autêntica overdose de tentativas de nos sacarem dinheiro (as ditas cujas receitas) em nome de boas intenções (ou Instituições, se quiserem...). Já não basta o nosso Estado fazer o que lhe compete, diga-se, agora, e nesta época, então, nada há à Venda que não seja para ajudar em X% (normalmente muito pouco) a Associação P, o Clube R, o Jantar H... (deve ser o leitmotiv de 80 a 90% das campanhas publicitárias, festas de televisão, jantares de confraternização, sorteios das mais variadas coisas, compras de tudo um pouco).
Até mete medo tanta oportunidade de sermos bons. Quase que ficamos com problemas de consciência, por não comprarmos o que não nos faz falta, porque assim não vamos ajudar quem dizem que precisa e que vão ajudar...
Um Conselho, e não levo nada: demos directamente a quem precisa... (até acho que nos fica mais barato (sim, chamem-me sovina) e, tenho a certeza, ajudamos mais, muito mais!