quinta-feira, 29 de maio de 2008

Cirque do solEU...



É-me estranho estar a almoçar num espaço pequeno, onde há autorização par fumar, e perceber que os meus comensais, polícias por acaso, desconhecidos diga-se, não têm qualquer cuidado com quem está a comer na mesa ao lado ...
É-me estranho ver um ex-responsável da PJ, figura mediática que chegue, falar desalmadamente ao telefone, enquanto conduz, em plena Lisboa...
É-me estranho perceber que há crianças na assembleia da República enquanto "alguns" deputados dão uma lição de Empirismo primário...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Tempestades e d'outros afins...

(Calçada do Marquês de Tancos, Lisboa)


Toda a gente pode ter amigos que fazem anos a 27 e a 28 de Maio. Não interessa como se chamam. Podem até chamar-se Ana Isabel, Rafa ou até Adriana. Que interessa isso?

O que realmente interessa é ter a certeza que qualquer um deles poderia "incarnar" um certo espírito que os torna diferentes do que possa propor qualquer ideologia. Porquê!? -Porque lhes está no sangue serem e sentirem assim. Com os riscos que isso acarreta. É dessa massa que se fazem os heróis mas também os mártires!



E eu? -Eu gosto! E tenho orgulho de um dia ter começado com eles uma troca de ser(es). Obrigada miúdos.

terça-feira, 27 de maio de 2008

A preocupação... e a Esperança


(Rua Voz do Operário, Graça, Lisboa)


Acho que este crescimento das "alterações climáticas" me começa a preocupar e a afectar.
Noites de Maio que parecem de Novembro.
Não haverá possibilidade de despedir os nossos meteorologistas? E de começar a comprar gasolina e gasóleo nas "feiras"?
A sério. A sério. Defensor de um mundo em que todos a tudo têm direito de igual modo, ao imaginá-lo, dou por mim a ficar um pouco egoísta (subconsciente sob efeito da paternidade?). E no entanto, a maior parte da população mundial, sem conferir dados de qualquer organização, não deve ter acesso a 30% do que eu tenho...
Quando tiver(MOS), será que conseguirá (EMOS) respirar!?
Entretanto, ou ainda antes, reli um texto do final do século e milénio passados mas que ainda não tem 20 anos. E, tal como então, continua actual.
Partilho-o de novo:
Descartes escreveu o Discurso do Método. Passou a ser a carta, o dicionário que passava da linguagem da vida de todos os dias para a linguagem científica. Descartes escreveu o método da ciência. Num outro livro, Ensaios, Descartes explica porque o fez. Descartes tinha alucinações. Era um homem inquieto que precisava de saber quando se estava a mover na realidade ou a habitar num mundo de fantasia.
O método que depois idealizou nasceu de um problema interior, pessoal,. para Descartes, o Discurso do Método era o seu método de saber o que era real e o que era ilusão.
Quiseram as gerações que o leram ao longo de mais trezentos anos ver nele uma nova trindade:
a da Ciência, a da Tecnologia, e a da Razão.
Nessa novíssima trindade, a Ciência era eterna como o Pai, a Tecnologia ía salvar-nos como o Filho, e a Razão iluminar-nos como o Espírito Santo.
Durante estes três séculos e meio, batalhámos para inventar um substituto para Deus, e, sempre que o fazíamos, invocávamos o Discurso do Método. E tanto lutámos que hoje cá estão os substitutos técnicos de Deus: o poder e o dinheiro.
Com eles construímos um mundo de terror de tal maneira medonho que as nossas mulheres têm medo de ter filhos porque não sabem avaliar qual será o seu futuro, e nós, homens, não queremos ser pais. Não existe, para qualquer espécie, maior medo do que este.
Mas também não admira. A crença absoluta na nova trindade trouxe de volta as três ameaças sistemáticas ao bem-estar da humanidade: a fome, a guerra e duas pestes, a droga e a SIDA. E sempre que estes três cavaleiros do Apocalipse cavalgam sobre o Planeta nele se instala a desavença, a descrença, a pobreza e o fim da esperança.E, no entanto, o Homem que escreveu o Discurso do Método começava as aulas assim: «Ontem, um Anjo disse-me...». Ora, os Anjos iniciam, sempre, as suas mensagens com: «Não tenham medo...». É que eles sabem que há o Primeiro Cavaleiro do Apocalipse, que parte sempre para as novas vitórias da Renascença.”
(Carvalho Rodrigues, Ontem um Anjo
disse-me)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

...-o desafio está em descobrir quem!

(Caldas da Rainha, tinha de ser)
Porque acredito que o político honesto é mais do que isto. Ou seja, existe. Em qualquer quadrante político. Espero é que neste haja ainda mais...


quarta-feira, 14 de maio de 2008

Iconografia revolucionária...

(Algures em setúbal)


Não, não desisti de escrever. Apenas em período de reflexão. Apesar de longo. Tem sido um período fértil em comemorações (desde o 25 de Abril ao 1º de Maio, até aos 40 anos do Maio de 68...) e Revelações: -Lavrador a Bispo (só pode ser mais uma página de uma certa divina comédia a explicitar um dia; ou então uma falta de atenção do ES ou, ainda, mais uma para assistamos a mais um Milagre e, acreditem, este será dos grandes, muito grande...) e, esta é fresquinha, Sócrates deixou/vai deixar de fumar...).
Tenho pena do Porto.