quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sob observação... (-estamos todos!)

(Lisboa)


Gosto de xadrez, ou gostava -que agora pouco ou nada jogo. O que revela, penso, uma certa tendência para gostar de pensar, bem ou mal -pouco interessa.
E hoje, tive o prazer de ser mandado parar e investigado pela GNR. A primeira em plena auto estrada, com direito a luzes e quase perseguição; a segunda, em plena rotunda, e tive mesmo de parar senão ainda acidentava o respectivo agente territorial...
De ambas as paragens saí incólume, visto tudo estar nos conformes. Mas depois comecei a pensar, esse maldito defeito, a partir de uma das perguntas que o agente da segunda paragem me fez: "o Sr. sabe quando tem que ir à inspecção com o veículo?". Ao que eu respondi: "Sei. É este mês mas ainda não cheguei à data limite!!!". E depois concluí que de ambas as vezes, supostamente, e porque antes da ordem de paragem puderam olhar para a chapa de matrícula do veículo com o mês 07 do ano 08 a inspirar possíveis multas por falta de inspecção, o que procuravam, afinal, não era fruto do acaso. Era premeditado.
Sinceramente não sei se esta atitude por parte das forças de segurança me deixa mais descansado. Deixa-me com a sensação de estar a ser observado... E não consigo deixar de ver, em cada dia que passa, gente que merecia mais essa observação...

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Alavancas" da Esperança...



Devo pertencer à classe daqueles que tendo um ego desmedido, raramente se aceitam como alienados da realidade e, sobretudo, da visão crítica, oportuna e clarividente que têm da mesma. Talvez por isso, fui-me habituando à distância das ribaltas do antigamente mas a conviver assiduamente com algumas Real-idades e as minhas leituras das mesmas.
Certo é que naturezas não se alteram (Quod natura non dat, Salmantica non praestat, mas ao contrário, já agora) e a minha, para purificação pessoal, também, tem-me trazido entre as mais variadas experiências a confirmação de que se não estive lá, andei lá bem por perto...
Sirvo-me estas palavras, inspirado nas do Herman (quem diria!?), em plena noite de ontem num dos jornais da RTPN. Entre alguns nomes que chamava a Paulo Portas (velho rato, com piada, diga-se) também classificou (positivamente falando) Passos Coelho de jovem e utópico...
E sirvo-me estas palavras porque se no Herman elas foram partilhadas como alavancas para a esperança, não consigo deixar de desejar que as mesmas classificações, com mais ou menos ratos velhos, se pudessem referenciar a outros meios e, sobretudo, pessoas. E temo nem sempre (modo simpático de dizer raramente, ou quase nunca, ou mesmo nunca) acontecer. O que não impede o "churrilho de rocoquices" habituais, mas em "linguagem nova e acessível" sem qualquer, parece-me, juventude ou utopia, para não falar nas mudanças de conteúdo...
Talvez por isso me sirva estas palavras, desejando-as reciclar para poder encontrar, finalmente, o que verdadeiramente interessa...