quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mudar de cidade... mas não de vida!

(Lisboa, Calçada do marquês de Tancos)


...Entretanto começará a faltar um mês e depois menos, e depois ainda menos, para se concretizar o regresso. Mais um. Na Bagagem levo muito. Recordo essencialmente este sabor amargo já preconizado por quem se bateu de outro modo e jeito a esta mesma causa. Não sei se há ganhadores ou perdedores. Sei que não há rancores. Espero. Há peito aberto à luta, porfiando um outro acabar do aventado pelo poeta.
Deixo um texto, essencialmente, envolto em desejo de partilha. Recordo-me dele, numa primeira vez, dum Seminário de Filosofia. Nunca mais me abandonou. Sempre permaneceu a pairar. Talvez por respeito aos protagonistas daquela história. Mesmo sem os conhecer, foram adquirindo uma aura de "santidade". Mais do que isso não sei. Sei, isso sim, que dentro de cada um de nós, há histórias que só Deus abarca. E ainda bem.



Nós os vencidos do catolicismo

Nós os vencidos do catolicismo
que não sabemos já donde a luz mana
haurimos o perdido misticismo
nos acordes dos carmina burana

Nós é que perdemos na luta da fé
não é que no mais fundo não creiamos
mas não lutamos já firmes e a pé
nem nada impomos do que duvidamos

Já nenhum garizim nos chega agora
depois de ouvir como a samaritana
que em espírito e verdade é que se adora
Deixem-me ouvir os carmina burana

Nesta vida é que nós acreditamos
e no homem que dizem que criaste
se temos o que temos o jogamos
«Meu deus meu deus porque me abandonaste?»

Ruy Belo
(para quem quiser saber um pouco mais: (Aqui.)

terça-feira, 17 de junho de 2008

35 já estão, venham outros!!!

(Caldas da Rainha)

Mensagem nada subliminar: amanhã faço anos. 36.
Só para o caso de alguém se esquecer...
eheheheheh

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Clericalismo balofo e a esperteza saloia...

(Largo da Atafona, Lisboa)

muito menos a estupidez ou a sorte. Ou, então, podem!

Digo isto inspirado por um dia, simplesmente fenomenal. A Itália empata e a França perde. Um deles ainda poderá ter sorte. Mas, desta vez, pelos menos um ficará pelo caminho.

Entretanto parece que na Irlanda a maioria respondeu não no referendo sobre o Tratado europeu (melhor, de Lisboa). Independentemente das questões que nos levam a defender ou não a necessidade de referendo numa questão assim. Na Irlanda era obrigatório pela constituição. E foi/será o único país onde a população foi/será chamada a dizer da sua justiça.

No resto da Europa os políticos da ribalta (sem falar dos dos extremos) dormiram mais descansados com as "liturgias" parlamentares. O povo é muito sábio quando nos apoia e vota em nós, mas não percebe nada destas questões de política pura...

Ou, então, percebe e não gosta de ser posto de fora "educada" e constitucionalmente, ou não...

Resta uma certeza. Pelo menos para mim. Podem mudar os tempos e as épocas mas a esperteza humana, essa, coitada, repete-se. Ou não.

Ironia das ironias, vejo um bloco a aplaudir uma Irlanda. Porreiro pá!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

No país do cheque-mate...

(Lisboa, Calçada do Marquês de Tancos)
Mas a mesma raça que nos dá estas vitórias também nos convida para boicotes (apesar da pouca adesão) e depois, basta que passem uns dias, corre a encher, onde quer que seja, os depósitos e a esgotar as gasolineiras. Às vezes somos uma macacada, para não dizer pior...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Esperemos que seja um dia com RAÇA

(Caldas da Rainha, tinha de ser)


muita raça mesmo! Estou a falar de o de amanhã e a brincar com o dito no de ontem.
Esperemos que aqueles seres que vestem de vermelho e verde saiam do campo com ares de príncipes.
Quanto ao resto, às linguagens e afins. Entristece-me isso mesmo. Que a nossa política seja uma coisa de palavras mais ou menos certas...


terça-feira, 3 de junho de 2008

dizem que é uma espécie de boicote...

(Ainda na Calçada do Marquês de Tancos))


(fartei-me de receber mails e sms a motivarem para o BOICOTE... -sempre com a insinuação que alguém nos anda a roubar. acredito que talvez. mas também acredito que é tempo de nos re-pensarmos)


E no fundo, à medida que vou pensando e lendo sobre o assunto, acredito que nos teremos de habituar a pagar mais caras as energias. A que está em questão, em particular. Assim é capaz de mandar a justiça social, ultra-nacional. Há um mundo que anseia por qualidade de vida. E se outrora a riqueza dava para fazer uns tantos felizes (mesmo que alguns tivessem de inventar ainda mais), agora, há muitos mais para contentar. E ainda bem. Temos de aprender é como... -para que tudo isto não dê cabo de nós!!!
(Um "pequeno" pormenor, como exemplo: esperemos, só para começar, que os chineses e os indianos comecem a ter carro próprio.)