terça-feira, 30 de outubro de 2007

Em véspera de todos os Santos, expulsemos as modernices anémicas...

(Rua da Beneficiência, Lisboa)
... do que eu me fui lembrar em véspera de Todos os Santos. Aos quais, e na falta de melhor grafito, evoco com a pequena imagem, recordando os que existem dentro de cada um de nós (mesmo não tendo asas é a esses que esse dia invoca a pôr mãos à obra).
Sim, e parafraseando o Saramago: MESMO QUE ME DÊ DECEPÇÕES O CRISTIANISMO É UMA CONVICÇÃO (sem espinhas)!
(Esta frase para uma certa esquerda deve ser uma libertação sem mais memória, espero é que essa mesma esquerda consiga o mesmo grau de paciência (se chegar ao respeito, ainda melhor!) com uma certa Igreja)!
Voltando à recordação da véspera, acicatada (uau!) pela provocação constante de máscaras, vassouras e abóboras com que a época decidiu nos inculturar: vulgo dia das Bruxas (Halloween): desembarquei aqui, nesta esfíngica profecia:

(Praça Baden Powell, Almada)


...peço desculpa a todos os tipos (e imaginários) vegas (2Xdesculpa Marta), vulgo vegetarianos, mas cá para mim é tudo do mesmo. E, talvez, por isso espero ir ao Bolinho... -essa fabulosa tradição da nossa terra, onde no meio de bolos, castanhas, chouriças, água-pé (que este ano deve ser fraquita) celebramos centenas de anos de paz com a nossa cultura e história. Sem modernices anémicas!!!

domingo, 21 de outubro de 2007

Sétimo selo... (Ou comer do que nos mata), parte II - e ainda- Ando armado, salvo seja, em detective, parte II


Ou outra coisa qualquer... -Uma festa também não é má ideia!!!
(Grafito: Av. António José de Almeida)

Sétimo selo... (Ou comer do que nos mata)




Mas agora a RTP (na 1 e na 2, nos noticiários das 20 e 22h respectivamente) faz publicidade às novas edições do seus jornalistas? José Rodrigues dos Santos andas a negociar alguma saída airosa depois do que disseste?
No mínimo estranho... -Muito estranho!!!

(O grafito: Rua Nova de São Francisco)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ando armado, salvo seja, em detective...




... e mais não posso dizer! Ou então poderia chamar a este post, A queda dos Mitos, até porque ontem a selecção ganhou com um golo de um preto, a passe de um cigano, e outro golo de um madeirense (este mais ou menos branco)... e com um ex-brasileiro (Deco) a fazer um jogo razoável.
-Não me levem a mal, não sou racista longe disso... Mas alguns destes pertencem a grupos humanos que socialmente muitas vezes são associados a um certo mundo do "desenrasque"... e eu tenho a impressão que ultimamente fui enganado, bem à portuguesa... -Qualquer dia explico. Está em segredo de justiça...
(O grafito, como não podia deixar de ser: Rua Nova de São Francisco)




segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Ele há coisas que é melhor nem ouvir, quanto mais ler (repetidas)...




...digo isto porque as


expressas não são novas, já as tínhamos lido numa entrevista a outro jornal, penso (não consegui encontar o link)... e há mais (ou mais ou menos) de um ano!!!
Voltar a afirmá-lo é uma amostra clara de uma certa conviccção intelectual...-NA ASNEIRA!!!
E não venham cá dizer que foi o jornalista, ou o formato de entrevista, ou outra coisa qualquer... -é, acima de tudo, falta de tacto...


O grafito, esqueci-me da rua onde o tirei... (sorry)




domingo, 14 de outubro de 2007

De deus... -e outras deambulações

Reconheço que ao não gostar, normalmente, do que ela escreve me fez, ao longo do tempo, não gostar dela. Mas a verdade é que a não conheço pessoalmente, apesar de vez em quando deixar pequenas "ferroadas" nos blogues por onde a encontro a escrever. Mas ontem gostei, especialmente, dum texto... Não é nenhum tratado de teodiceia, mas é uma pequena introdução a uma questão com a qual, afinal, a nossa sociedade (e os seus opinion, ou quase, makers) se vai confrontando.

O deus em que acredito, tantas vezes o acho estranho ao deus que outros dizem acreditar, apesar de aparentemente professarmos a mesma fé. Por vezes, duvido se o deus a quem celebramos se aproxima desse Deus a quem dizemos acreditar...

Talvez por isso lhe deva agradecer, à Fernanda Câncio, e ao seu belo texto que, entre outras coisas, me fez receber simpaticamente umas testemunhas de Jeová que hoje quiseram entrar cá no prédio, e a olhar com "simpatia" para mais dois ou três pares delas que andavam numa azáfama cá na rua durante esta tarde...
Não compartilho, minimamente, o deus deles, mas acredito que o meu deus, também os acolhe como nosso DEUS...

Uma vez mais reconheço que DEUS nos inspira dos mais diversos modos, e como Ele se nos revela, até, através de quem não o deseja revelar!!!

E encontrá-Lo, continua a dar muito trabalho: é um trabalho de "des-ventração", de mudança. E longe de ser uma auto-destruição, também é uma auto-construção "trans-cendente"...
(O grafito: Rua Nova de São Francisco)


sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Outras escravidões... -disfarçadas de liberdade





...tem a isto a ver com o dia de hoje e com o que se passou, ou vai passando, e eu nem me considero demasiado radical (e juro que ainda não dei uma vista de olhos pela blogosfera e pelas suas sensibilidades sempre muito excêntricas)... -Mas é no mínimo estranho que a inauguração da Igreja da Santíssima Trindade em Fátima não tenha sido notícia de abertura, ou quase, nos vários noticiários nacionais. Eu sei que deu em directo, na TV2 e na TVI e que a Procissão das velas está a dar na RTP1... Mas que acontecimento dado em directo nas televisões, não tem honras de abertura dos notíciários...
E depois, aquela tentativa dos jornalistas de ter mais do que uma "simples" opinião do Presidente da República, é por si só reveladora de muita coisa...
Vivemos numa época gira, muito gira, onde a arte presente na Nova Igreja e as multidões que aí chegarão (porque da vivência da fé é melhor nem falar) causam muitos arrepios, mas a verdade é que o espaço vai ter muito mais utilidade do que outros (dos quais não duvido da utilidade) que custaram bem mais...
Vivemos, de facto, numa época de escravos, dependentes não já de um ópio, mas de uma atitude inócua e fruto duma rectidão cega que por não servir ninguém, a ninguém deixa contente, parece-me...
(O Grafito: Rua da Mãe de Água, ali memso junto a uma clínica, muito divulgada/anunciada nos meios de comunicação social pelo "bem que faz/fez" a umas "futuras" crianças que o não serão... Coisas dos Arcos da Velha)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Das relatividades e outras coisas...

Se há maneira de terminar uma discussão é com o famoso "é relativo" ou, então, com o "é a tua opinião"... Vem a isto a propósito da relatividade com que algumas pessoas nos brindam com as suas tomadas de posições, ditas "sérias".Ou seja. Nos meus três anos de Lisboa, já percebi que Lisboa é uma cidade pequena, muito pequena.
E que aqueles que num dia, em sua cátedra, nos ditam os mais refinados saberes sobre a vida humana e outras "crenças", facilmente se encontram, numa mesa ao lado durante uma qualquer hora de almoço. E é giro ouvi-los, meio confidentes, partilhar com os colegas habituais de trabalho ou destes rituais, outras ideias, tão distintas das que os faziam uns seres de "excepção". E nós ouvimos, sem precisar de nos escondermos, disfarçados pelo passar da memória e na ausência da sala de aula...
E é por aí, e acrescento que são mais as vezes desta situação do que os dedos com que escrevo, que vou continuando na minha humilde procura. Cada vez mais alertado para as pessoas demasiado certas, os que esventram a realidade ou que tentam antecipar o futuro. Sim o coração, a vida, os filhos, a religião, o trabalho inspiram-nos desvarios existenciais...
É que de facto a vida não está escrita, vamo-la escrevendo. À nossa maneira, melhor ou pior. Não importa. Importa, parece-me, com mais hulmildade. Afinal somos feitos do "mesmo "barro". E esso é o nosso enigma essencial...
(Dedico este post a alguns "doutores" que trabalham no Instituto de Medicina Legal em Lisboa - as suas horas de almoço têm-me ensinado muito, ou não...)
(O grafito: Rua Nova de São Francisco, continuo a inspirar-me por lá)