(Das ruas de Leiria, roubado a um partido político... por uma causa justa!)
Gosto de ritmos. Dos musicais e
dos litúrgicos! E é sempre por tentativa que se vai tentando levar os filhos
connosco às celebrações que os tempos da fé nos proporcionam. Talvez por isso a
primeira participação integral da família numa vigília pascal foi algo que me
encheu por dentro e que me fez sentir um verdadeiro patriarca (agora
biológico).
E acho que correu bem…até porque
se juntaram outros amigos (as redes sociais também servem para juntar a malta a celebrar a fé), ainda em idade activa e com filhos, como os meus, em
idades muito activas…
Mas acho que isso foi giro e
ficará para sempre nas memórias nossas e dos miúdos (mesmo dos que adormeceram ao
colo após terem dado uns ares da sua graça: correndo, saltando e fazendo
perguntas ou lançando exclamações mais ou menos incómodas) que perceberam que
algo houve de diferente naquela celebração: e não só por ser maior que as
habituais!
Gestos diferentes, lume aceso na
rua, igreja às escuras que se foi iluminando, velas nas mãos, cânticos e mais cânticos,
assim como as leituras, as ladainhas cantadas, um bispo que espalha água, lança
palavras amigas e no fim oferece abraços de amizade e de pastor.
Apenas um reparo para algo que
faltou... Faltou quem fosse explicando, não tanto aos novos como aos mais
velhos, o que se estava a passar, a fazer, a significar, a simbolizar…
Talvez por isso tudo, e outras
coisas mais, tive saudades das admonições do Pe. Carlos Silva. Não por serem
dele (e como ele (não) sabia (não) exagerar
no tempo e na emoção!!!) mas porque, afinal, nos ajudavam (mesmo, pensando então
que não).
Penso que a liturgia e as vivências
que nos proporcionam ficam mais ricas quando alguém nos aproxima do que estamos
a celebrar!!! Mais do que uma crítica é um pedido: senhores padres que “compõem”
o altar, ajudem-nos no caminho que também cada celebração é e pode ser! Só assim se constrói o futuro que a esperança nos anuncia, percebendo o que estamos a viver ou nos está a ser proposto para ser vivido!