sábado, 1 de setembro de 2007

Das sombras que nos precedem...



Admito que a imagem não é um verdadeiro "grafito", (Rua Mãe de Água meio da escadaria), mas hoje, no meio de deambulações várias, lá tive que parar num daqueles típicos e inúmeros armazéns chineses para que o povo feminino pudesse dar aso às novas malas por baixo preço...
E assim foi! Mas, confesso, fiquei a olhar de lado para aquelas ditas cujas "de várias cores e feitios e sempre muito baratas e que fazem o mesmo que as de loja de marca" que me, quase, encheram o carro, pensando, nas mãos/pessoas que por ali tinham estado (SOMBRAS fugidias), a tão baixo preço.
No fundo, todos somos uns exploradores. E fiquei triste, também comigo!

2 comentários:

estrelinha* disse...

sim, penso nisso muitas vezes, principalmente desde que me dedico com mais afinco aos meus trabalhos artesanais...penso em como é possível conseguir preços tão baixos em tanto material, mão de obra, transportes... E dou conta que poucas pessoas param para pensar nisso. Quanto à exploração de mão de obra nem me atrevo a aprofundar muito o meu conhecimento... sairia ainda mais perturbada e sem grandes alternativas para mudar essa situação, embora comece a ficar muito mais atenta a algumas questões que, aplicadas ao nosso dia-a-dia, podem ser uma pequena/grande contribuição nossa.

(Gosto de passear por aqui de vez em quando! e como sempre... as tuas questões são pertinentes!)

Unknown disse...

Bem... aqui vai uma questão muito muito complicada, a qual me invade diariamente! De facto, podemos contribuir para o mal dos outros em gestos simples que praticamos no dia-à-dia sem dar por isso. Neste caso, sabemos que ao comprar estes objectos baratíssimos (provavelmente confecionados por pessoas exploradas e mal pagas, e quem sabe, por crianças) estamos a incentivar que o "sistema" perdure e até seja estimulado, mas será que não comprando estamos realmente a ajudar? Um gesto isolado, na prática não vale de nada, excepto para a nossa consciência... E isto aplica-se em muitas outras situações... Então o que fazer? O mais fácil é, primeiramente nem pensar nisso, apenas comprar, e fazer "igual aos outros".
Nisto tudo não me encontrei muito bem ainda, e infelizmente, o mundo esta já virado ao contrário, e não dá para lutar contra tudo o que está errado, além de que não teria tempo para pensar em mais nada, já não podía fazer nada, pois, vendo bem estamos sempre a "prejudicar" indiretamente alguém ou alguma coisa!!
Em conclusão, acho que nem tudo é mau, e o facto de pensar nestas coisas já é bom :)
Marta lx