quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Geração A, mas A de Aeroporto...

 (Madalena, Vila Nova de Gaia)


...esteja descansado meu caro Douglas Copland que lhe não vou roubar o título do seu livro e essa nova classificação. Até que, pelo que li, gosto mais do meu conceito de Geração A!!!
E a verdade é que a coisa nasceu ao contrário. Assim de repente. Comentava-se o caso de mais um amigo , entre tantos outros, que entretanto seguirá para terras estrangeiras para mais um daqueles projectos que, esperemos, lhe traga um futuro profissional mais sólido... que não seja mais uma ocupação ocasional...
E hoje, há que dizê-lo, há uma, ou várias gerações que estão presas por esta indefinição. Profissional mas até mais existencial. Lutaram, estudaram, são licenciados e o futuro permanece adiado. A sua família, a sua casa, os seus projectos, algo que seja mesmo seu sem ser apenas o telemóvel e qualquer página numa rede social.
Na geração de seus pais, mesmo que com grandes dificuldades, tudo acontecia ordeiramente. Agora as suas vidas, raramente, têm nexo. Vai daí, tantas vezes se dispersem por esses países e os Aeroportos sejam um ponto de cruzamento entre quem vai chegando e quem vai  partindo...
E se há crise social, muito mais que os pobres, toxicodependentes e sem abrigo, é esta: a de uma juventude que é obrigada a adiar-se. Uma sociedade adiada. Ou a ser eternamente criança...
Alguém cuida disto!?

2 comentários:

Elsa Gonçalves Francisco disse...

É verdade!!
sempre a adiar, a redefinir, a reorientar...

O mundo é a nossa casa e o aeroporto vai sendo, literalmente, local de encontro casual.

As amizades e a família continuam a ser a raíz.

Ser adulto agora, é diferente do que idealizaram para nós.

Temos todos de cuidar Nisto!

Alx disse...

NISTO, bem visto!