sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Pegada escatológica, number two!


(Pelas Ruas de Santiago de Compostela)



Tenho um certo prazer em perceber que, das várias catalogações que me perseguem, a “homofobia” continua a ser uma delas. Não sei se padeço dessa, sei que o meu imaginário de construção sócio-relacional ( ,a convicção holística do humano) deseja algo bem diferente para as pessoas que conheço e para as do  mundo em geral. E não trato mal as que optam por outros caminhos…

Mas não deixo de me inquietar com todos os aquele que se arvoram do mais esclarecido e “inclusivo” que o mundo trouxe à luz, ainda antes do Adão e a Eva terem sido expulsos do Paraíso, quando ao mínimo contacto com algum espécime mais dado a trejeitos logo trazem ao de de cima o rosnar enviesado e o apontamento, entre dentes, de algo estranho que estão a observar… Para não falar no caso em que ele mais ele ou ela mais ela dão azas à sua imaginação em público… Houvesse alarmes móveis de estrabismo à mão e logo teríamos o fim do mundo em sinfonias!

De qualquer modo, intuo e defendo que esta pseudo-abertura aos tempos modernos só pode mesmo dar asneira. Quase a fazer recordar aquele conceito académico da Pax Romana que ilustra a queda do império com o mesmo nome (só que me masculino). Passamos demasiado tempo à procura do que pretendemos ser em detrimento do que verdadeiramente somos. E bem, dirão alguns e direi eu também!

Acontece que, os ângelos, as clínicas dos pêlos e os ginásios e afins,  de tanto abundarem, passando pelas capas preenchidas de vidas e fotos reais de realidades irreais, falam mais do que não somos do que verdadeiramente poderíamos ser e que verdadeiramente importa.

Mas o mundo que lemos e perseguimos está mais interessado em perceber que a Actiz X começou a fazer a espargata e a ir ginásio 2 horas depois de dar à luz , tendo saído do hospital já em biquíni, do que propriamente perceber se o que pensa, escreve(ou manda escrever como de dela fosse), faz na sua vida é digno de memória futura sem o patrocínio duma marca qualquer…

Começo a ter algumas saudades dos tempos em que havia ritmos… para a dor, como o luto, para os nascimentos, como o "regemento", para o voltar à vida normal sempre que algo de extraordinário acontecia… Não advogo o conservadorismo estéril e cristalizado… mas com tanta correria para sermos o mais frente possível pouco tempo fica para perceber o quanto somos Homens e Mulheres, com História e para História!

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