quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

No meu país há doutores (e engenheiros) ao dia…



(Ainda e sempre, por Coimbra!)

...e não falo daqueles que compram os cursos em qualquer alfarrabista ou universidade que, por acaso, até tinha secretaria a funcionar ao fim de semana. Falo daqueles que, com o seu esforço, se puseram ao caminho e conseguiram o tão esforçado e ambicionado, por si e pelos seus, título.
Acontece que, se antes, a fama do título ultrapassava as fronteiras laborais e se estendia à própria nomenclatura e existência social (passava-se a ser em todo o lado e qualquer parte sr. doutor ou professor ou engenheiro), atualmente, muitas destas designações acontecem só em ambiente laboral. Porque, entre muitas outras coisas, democratizou-se o acesso aos ditos cujos títulos académicos, transversalmente à formação conseguida…
Está mal, dizem alguns. Está bem dizem outros! Não sei se bem ou mal, o que sei é que isto acontece tão perto de nós… e não deixa de ser estranho descobrir que, afinal, os vizinhos do 18º esquerdo são doutores e engenheiros entre as 9 e as 18 e depois regressam à titularidade infantil: o Zé da Ti Nica e a Lau do Ti Zé da Mercearia!

Deu-me para isto!

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