...e não falo daqueles que compram
os cursos em qualquer alfarrabista ou universidade que, por acaso, até tinha
secretaria a funcionar ao fim de semana. Falo daqueles que, com o seu esforço,
se puseram ao caminho e conseguiram o tão esforçado e ambicionado, por si e pelos
seus, título.
Acontece que, se antes, a fama do
título ultrapassava as fronteiras laborais e se estendia à própria nomenclatura
e existência social (passava-se a ser em todo o lado e qualquer parte sr. doutor
ou professor ou engenheiro), atualmente, muitas destas
designações acontecem só em ambiente laboral. Porque, entre muitas outras
coisas, democratizou-se o acesso aos ditos cujos títulos académicos, transversalmente à formação conseguida…
Está mal, dizem alguns. Está bem
dizem outros! Não sei se bem ou mal, o que sei é que isto acontece tão perto de
nós… e não deixa de ser estranho descobrir que, afinal, os vizinhos do 18º esquerdo são doutores e engenheiros entre as 9 e as 18 e depois regressam à titularidade
infantil: o Zé da Ti Nica e a Lau do Ti Zé da Mercearia!
Deu-me para isto!
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